Eu já fiz muita bosta nessa vida...


Já sofri muita injustiça também, principalmente quando tentei defender alguém de outra injustiça. O que eu aprendi com isso é que o melhor é não tentar resolver nada por ninguém. Se a pessoa não resolve por ela mesma, sinto muito, mas é porque ela não quer.

É isso...

Vamos simplificar?

O pensamento é bem básico: Se uma pessoa não quer, ela não faz. Se ela quer, ela faz.

E sem essa de “acasos da vida”, “teoria da conspiração”, “vilões e mocinhos”. Pare de ver novela! Todo mundo é um pouco vilão e um pouco mocinho nessa vida. O que define o que somos é a quantidade de vezes que exercemos cada papel e qual deles escolhemos interpretar quando temos a chance de escolher.

Quantos coitadinhos eu já não conheci. E, francamente, tenho cada vez mais raiva deles.

“Eu sou um merda, eu fiz isso comigo, eu não tenho remédio, vou ser assim pra sempre! Minha vida vai ser essa bosta pra sempre porque eu sou assim.”

Primeiro: VAI TOMAR NO CÚ, RAPAZ!

Sim, VOCÊ É UM MERDA, sim, VOCÊ FEZ ISSO, sim, SUA VIDA É UMA MERDA!

E a culpa é toda sua.

O que mais me irrita nos coitadinhos é o fato deles não quererem mudar sua condição. “Não não... eu sou assim e não tem volta.”. Ahhh, poupe-me do teatrinho! Se tem uma coisa que eu não to mais aturando é esse draminha de quinta. A sua vida não tem concerto, companheiro, porque você é fraco demais pra concertá-la. Porque você GOSTA de olhar pra si mesmo todos os dias e sentir pena. É o mais confortável. É mais fácil aceitar que você é um fracasso.

Sim, claro que é. Ser fracassado é muito mais fácil. Fugir da sensação de fracasso por alternativas fáceis também. É como eu disse: Se você quer, você faz. Se não, não faz.

Assuma as suas cagadas. E, depois de assumir, conviva com elas.

É como se eu nunca tivesse feito uma merda gigantesca. Não, muito pelo contrário. Há anos atrás eu fiz a maior cagada de todos os tempos! E até hoje não sei bem o motivo. Mas, senhoras e senhores, eu vou fazer o que? Já fiz, aconteceu. PASSADO! Conviver com as conseqüências é o melhor que tá tendo.

Quando falo em assumir uma cagada não falo em assumir publicamente. Não seja burro! Falo em aceitar o que aconteceu e, peloamordedeeeeeus, viver sua vida! Sem ficar se lamentando e chorando pelos cantos. Porque, bein, as coisas só são feitas uma vez nessa vida. Não tem mas volta. Por mais que se tente, um mesmo homem jamais pulará duas vezes num mesmo rio. Houve uma mudança da primeira vez.

O que fazemos fica marcado nas pessoas. Elas se lembram muito mais daquilo que as magoou do que daquilo que as deixou feliz. Eu sou assim, e você também é. A segunda vez jamais será igual a primeira.

Por isso, colega, o negócio é pensar nas conseqüências ANTES de fazer. Depois não tem mais jeito, depois já está feito, você já pulou no rio. Vá a merda com suas desculpas!

E olha eu aqui mais uma vez tentando falar sobre as atitudes das pessoas. Tentando mudá-las com o que digo. Enquanto você, pessoa, só vai mudá-la se quiser. É que eu realmente acho que tem algo de muito errado com o jeito com que tratamos os outros. Como se vivêssemos numa selva, como se quem realmente importa não importasse.

Ai tá o erro, né? A gente só percebe quem realmente importa quando essa pessoa vira as costas pra gente. Quando já demos nosso mergulho no rio. Quando mudamos tudo.

Fazer o que, né? Aqui nessa selva a gente só faz mesmo aquilo que quer...



por Aline DeMarco

domingo, 9 de janeiro de 2011 14:53 Postado por Nenhuma Palavra 2 comentários
"FIZERAM A GENTE ACREDITAR QUE amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram para nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.


Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta:

A gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.

Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.

Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."


[John Lennon]

 É uma bela fisolofia de vida, não?
Definitivamente, Lennon sabia das coisas...

Tudo aquilo que vai, volta.


Não importa muito a data, a hora, Não importa o quanto demora.

Tudo aquilo que vai, volta.

A minha avó era uma mulher sábia. Quem dera eu tê-la escutado mais enquanto ela estava viva. Me recordo muito bem destas frases que ela soltava, quase como um jargão, pra que eu pudesse recordar com um certo saudosismo.

A segunda frase sábia de que me lembro é “Quanto mais você abaixa, mais querem que você mostre a bunda”. De fato. Nesse mundo a gente não pode ser bonzinho. Deus me livre não ser filha da puta com alguém! Essa pessoa com certeza, em um punhado de meses, vai se convencer de que você é trouxa e começar a fazer as maiores atrocidades possíveis. E mais! Vai se achar no direito.

É, meu amigo, quanto mais você se abaixa, mais querem ver a sua bunda.

Era com essa frase que eu deveria ter aprendido a não ser feita de trouxa. Mas não. Eu acabei aprendendo é com a vida mesmo. E, pra dizer a verdade, acho que até hoje ainda não aprendi direito.

Porque quando você é legal demais com os outros, acaba passando a idéia de que você é um bobo da corte. Não importa quantas vezes te machuquem, não importa quantas vezes você releve os acontecimentos. Se você sempre perdoa, você vai sofrer pra sempre. Se você sempre perdoa você é um otário, você não liga pra si mesmo, você... você até merece.

É assim que o mundo vai te ver. Quando você é tolerante e legal demais, você fica na espera, é deixado de lado, é esquecido. Porque você não vai ligar, não é? É só mais uma vez, só de novo, só sempre. Já é comum...

E, peloamordedeus, acredite em mim. Se você for aquela pessoa bacana que pensa em não ferir as pessoas de quem você gosta, que gasta pelo menos um segundo do seu dia se colocando no lugar do outro e não fazendo aquilo que você não gostaria que fizessem com você, então prepare-se. Você é um belo de um imbecil. Porque por mais que você se esforce pra não fazer com o outro o que você não queria que fizessem com você, esse tal outro vai fazer o dobro. E você? Você vai se foder. Vai cuidar da sua vida. Foda-se você.

Outra frase que a minha avó dizia era “Aquilo que não tem solução, resolvido está

Essa frase sim tem me ajudado. Simplesmente cansei de ficar tentando resolver aquilo que não tem solução e que não quer ter solução. Às vezes você quer mesmo que uma coisa aconteça, mas, por favor, amigo, olhe para a realidade. Não vai acontecer.

Não vai, e a culpa não é sua. A culpa provavelmente é de alguma pessoa escrota que não sabe tirar os olhos do próprio umbigo, dos próprios problemas que ela mesmo cria e não resolve porque não quer. Não resolve porque é fraca. E você vai fazer o que? Se a coisa não tem solução, companheiro, ela já está resolvida. É assim e pronto. Só, por favor, não fique quebrando a cabeça por aquilo que não vale a pena. O famoso “Não gastar vela boa com defunto ruim”, entende? É, minha avó também falava isso. Não se resolve problemas quando eles não dependem só de você pra serem resolvidos. E se dependem de você e você não resolve, então vai se foder. Você é um bosta.

Tudo aquilo que vai volta.

Não quero aqui aludir à total falta de respeito e acabar piorando essa merda que anda sendo as atitudes das pessoas. Você consegue entender isso? Tenho cá minhas dúvidas...

Quero dizer que tudo o que vai, volta.

Que as pessoas não são brinquedo. Elas são pessoas. Pensam, sentem e devem ser respeitadas. E que quando isso não acontece, amigo, você perde o crédito. Perde justamente o otário que se preocupava com você.

Otário? E então? Quem é o otário?

Acho que deveríamos rever esse conceito...

Acho que as coisas andam meio invertidas...

E se você não acha, me desculpe. Mas o otário de quem falo é você.



Sejam felizes na sua imensa mediocridade.

Por Aline DeMarco.

sábado, 9 de outubro de 2010 22:02 Postado por Nenhuma Palavra 5 comentários
Alice olhava pro mundo de sua janela embaçada, da Rua São João, do sétimo andar, do apartamento 72. Estava embaçado e a vista se espremia por detrás dos óculos sem efeito. Os olhos estavam embaçados.


Ali, da rua São João, do apartamento 72, do sétimo andar, Alice queria ganhar o mundo, se enterrar no mundo, saltar para o mundo. Fazer parte do mundo. Mas as pessoas lá em baixo andavam como formigas num formigueiro, formigas famintas, procurando por comida, pelo maior acúmulo de comida. E... e elas não tinham mais fome, mas continuavam a caçar comida.


Comiam umas às outras, digladiavam-se no asfalto. Pisavam umas nas outras.

É... Alice pensou...tudo errado. Sempre esteve tudo errado...

Afinal, quando foi que deixamos de ver as pessoas como pessoas? Porque ali,naquela janela, naquele apartamento, naquela rua, pensar no próximo como uma pessoa parecia estar fora de moda. E mais! Parecia um crime!

Sim... porque você é o único ser humano que merece crédito. seu coração dizia para o mundo. - Céus! Um deus na terra! A merda do seu umbigo sujo vale mais do que qualquer coisa, não é mesmo? Por isso você age deste modo imbecil, por isso você não valoriza a porcaria da pessoa que está do lado. Por isso você celebra o seu fracasso todas as noites com vodka e cerveja. Porque é isso o que você é. Um fracassado. Um fracassado de merda tentando se auto-afirmar.

O coração de Alice se apertou... ela não queria mais pensar. Era inevitável.

Por isso não importa o que você tenha que fazer. Você quer auto-afirmação. Você quer provar que você não é um derrotado, um humilhado, um nada. É nisso que seu mundo nos transforma... em um nada. Porque não importa quem está do seu lado, não importa o que esta pessoa esteja dizendo. Não importa se é agradável ou não. O que importa é que ela se encaixa nos padrões, que esteja no seu sonhozinho imbecil de consumo. Isso. Porque você é consumista, você não conhece pessoas, você as coleciona. As consome. E eu, Alice, acho isso nojento.

A ânsia do mundo subiu até a garganta e ela se afastou da janela aterrorizada... Céus... o que seu cérebro pensava fazia todo o sentido. Sim... Então ele apenas continuou:

E em nome da auto-afirmação você não liga a mínima pra essa coisa-pessoa que é consumida. Você apenas a consome. Não importa, não é? Não importa o que ela pensa, não importa o que sente, não importa se se sente otária, se é feita de palhaça. Não importa se ela tem os mesmos traumas que você... não importa quem ela é, simplesmente não importa. Você quer diversão. Foda-se se seu objeto de divertimento não goste disso. Afinal, ele não é como você, não é? Ele não é humano. Foda-se o que ele sente.


Viva a sua vida? Carpe Diem?

Vai tomar no cu!

Alice fechou a janela com força, jogando os óculos no sofá velho e secando os olhos com raiva.


Ela simplesmente não consegue ser assim. E talvez também seja essa otária, essa palhaça, essa pessoa-coisa. E mesmo que não queira que seja assim, simplesmente não consegue não ver uma pessoa como uma... uma pessoa. E é duro que seja assim...


É duro ser uma coisa.


É... triste...

Então Alice desaba, deita no sofá, grita, morre só mais um pouquinho... Ninguém ouve. Não importa se Alice morrer, ela seria rapidamente substituída.

Esquecida.


Ora... ela já é substituída e esquecida.

Faz alguma diferença?

Não.

“Faça...” –ela escuta. “Faça...”

Mas você não vai saber se ela o fez. Sequer vai saber se Alice algum dia existiu. Porque você está ocupado demais com sua cerveja, ocupado demais com sua vodka, com seu trabalho, com sua roupa, com sua comida, com seus homens e suas mulheres, ocupado demais com a porra do seu baseado, com seu crack, com a merda do seu vicio. Ocupado demais se isolando, só pra reclamar que está sozinho. Você está ocupado demais com você pra se importar com quem quer que seja.


Então você não viu Alice partir... Você sequer viu Alice.


E eu posso não saber de muitas coisas. Aliás, eu não sei de quase nada. Mas sei que não era Alice quem deveria morrer... Não, de jeito nenhum!

Quem deveria morrer, leitor, certamente, é você.





E eu? Eu sou só o cérebro partido de Alice.

Por isso, tenham uma ótima e solitária noite no puteiro do mundo.



Por "Aline DeMarco".

Texto que não "É Mentira":

Se eu ganhar na mega sena, você vira meu amigo?


Se eu pintar meu cabelo de vermelho, você vira meu amigo?
Se eu ficar popular, se ficar famosa, se for bem sucedida, se viajar pra Europa, se me mudar pros EUA, você vira meu amigo?
E se eu aceitar tudo o que você diz de boca calada? Você vira meu amigo??
E se eu por silicone, retirar meu cérebro, me lotar de maquiagem e usar roupa curta? Você vira meu amigo?
E se eu for influenciável? Você vira meu amigo?
E se eu segregar as pessoas de quem gosto pelo seu cu doce? Você continua sendo meu amigo?
E se eu não contar seu maior segredo pra ninguém? Você vira meu amigo?
E se eu não te lembrar do quão podre você é? Do quão vil você é, do quão vagabundo e mesquinho e otário você é? Você continua sendo meu amigo?

Sim, você continua.
Mas essa amizade eu não quero. Dessa merda eu não preciso.

Eu já falei sobre hipocrisia e, sinceramente, acho desagradável ser repetitivo. - Muito embora algumas pessoas precisem que se diga centenas de vezes a mesma coisa pra que a idéia fique clara. Acho um saco ter que dizer as coisas pra uma mesma pessoa mais de uma vez. Afinal, pra bom entendedor nenhuma palavra basta. Muita gente me achou falsa depois daquele comentário sobre a maioria das pessoas serem hipócritas, mas... vamos reavaliar:

É falso dizer as coisas na sua cara?
É falso te lembrar do que você é, na essência?
Quem é falso?
Aquele que fica no seu pé puxando seu saco ou aquele que te diz, ali na lata, que você é um pedaço de bosta, se você realmente for?
Aquele que diz que te adora e não olha na sua cara 5min depois disso ou o que aponta seus defeitos?
Aquele que diz que quer te pegar ou aquele que finge e diz que te ama?

Ora, sejamos sinceros.

Tanta gente me fala bosta quando o infortúnio me faz falar a verdade - muito embora a maioria das pessoas não mereça nem isso - mas o que a vida prova é que eu tinha toda a razão. E não é com revolta que digo isso, mas com um sorriso no rosto.

Obrigada, Deus, Buda, Alah, Capeta, Sejaláquemfor, por tirar do meu caminho essa podridão. Obrigada à Eumesma por desconfiar tanto destes seres humanos. Porque uma pessoa que me diz pra tomar cuidado com meus próprios amigos não pode ter mesmo muito crédito.

A vida pode funcionar como uma playlist pra algumas pessoas... Qual você está a fim de escutar agora? Esta não é útil? Esta te faz brigar? Esta vai tirar de você a única... coisa (?) que você tem pra comer? Então delete-a. Depois resgate-a. Pra mim não é assim. Trato pessoas como pessoas... quando elas merecem.

Acho bom quando isso acontece. As pessoas provam por si mesmas quanto crédito elas merecem ter e se merecem ter. Não importa o tempo que demore. Os que ficam... esses sim merecem lugar de destaque, esses sim merecem meu respeito e minha fidelidade. Não importa aonde eles estejam, não importa o quão distante ou perto eles possam estar, estes são os peneirados, os que valem a pena.



Aprendi que a vida nunca te dá uma segunda chance pra fazer as coisas.
E Eu? Eu também não dou.



por Aline DeMarco.