Coxinha de Frango

segunda-feira, 24 de maio de 2010 02:01 Postado por Nenhuma Palavra
[Esse post é dedicado ao meu amigo Douglas Battetuci que me deu a idéia do tema.]


Eu acho, sinceramente, que dá pra julgar o patamar social de um indivíduo olhando pra coxinha que ele come, está comendo, ou é capaz de comer.

Nos botecos de São Paulo, por exemplo,  a gente pode observar diversos tipos de coxinhas, indo da mais sequinha e recheada à que é depósito de óleo, massa e gordura trans. - Isso quando o dono do boteco não me coloca aquele catupiri safado feito de maisena no meio do recheio pra dá uma disfarçada no frango esfarelento. Sim, porque, segundo uma árdua pesquisa, fui capaz de constatar que quanto mais safada a coxinha mais esfarelento é o recheio e mais oleosa é a massa. O que é intrigante, porque como uma coisa consegue ser esfarelenta de tão seca e, AO MESMO TEMPO, MEU CARO, semi-líquida de tão gordurosa?

Bom, o fato é que, de bar em bar, com muito ânimo e força de vontade - ou com a sua vivência - você acaba sendo capaz de reparar que aquela mocinha fresquinha de " unhinha feita na manicure toda a semana" fã de Restart, Cine e Justin Bieber, jamais chegará perto de uma coxinha de boteco, aliás, pra uma pessoa fã destas coisas, acho que nem do boteco ela pode chegar perto... Então, refazendo as minhas palavras para menores de... 12? anos : "( ... ) jamais chegará perto da coxinha de frango da cantina do colégio!". Mas eu acho que esse tipo de gente não merece muita consideração. Particularmente eu tenho uma admiração reprimida por quem é capaz de chegar no boteco, pedir uma cerveja e uma coxinha de frango das mais oleosas e manda pra dentro sem ressentimentos.

Aliás, acho que a maioria dos meus amigos seria capaz de fazer isso. Pensando bem, acho que, na verdade, a gente pode avaliar o patamar das relações entre as pessoas colocando uma coxinha pra ela comer numa mesa de bar. Quando a companhia é interessante, meu amigo, ninguém tá nem ai pro que tá sendo servido.

Resumindo, eu me perdi.

Quero só fazer propaganda da coxinha de frango feita pelo meu excelentíssimo avô Seu Adhemar, que deixa qualquer buffet no chinelo e que é quase que uma tradição na família. - Sério, se tiver oportunidade experimente.

Também queria agradecer a participação do meu amigo Marcel  nos debates e pesquisas... - Até porque ele foi o único participante da pesquisa.



Obrigada por ler, até o próximo post.
por Aline DeMarco.

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